POVOS DA FLORESTA, UNIDOS EM ALIANÇA, LANÇAM MANIFESTO PARA SALVAR A AMAZÔNIA DAS TRAGÉDIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
NÓS
Os Povos da Floresta, reunidos no Rio Negro, durante o I Seminário "A Importância dos Povos Floresta no Contexto das Mudanças Climáticas Globais", realizado pela Aliança dos Povos da Floresta, organização histórica de defesa da Floresta Amazônica e da melhoria da qualidade de vida dos povos que nela habitam, vem de público:
RECOMENDAR: 1. A inclusão de mecanismos para incentivar a redução das emissões de carbono oriundas do desmatamento tropical nas políticas públicas internacionais, nacionais e regionais, porque a história nos ensina que não há possibilidade de construir um desenvolvimento sustentável para a Amazônia sem a participação das populações que nela habitam.
2. O reconhecimento e o desenvolvimento de alternativas para remunerar os povos da floresta por seus serviços ambientais de manutenção da floresta em pé prestados ao Brasil e ao mundo. Assim, a comunidade internacional e o Governo Brasileiro estará fazendo justiça e dando aos povos da floresta o mesmo tratamento dado hoje às grandes plantações industriais, previsto de compensações através do mercado internacional de carbono. Para isso, a Aliança dos Povos da Floresta sugere ao Governo Brasileiro abrir de imediato um amplo debate nacional sobre a elaboração de uma agenda socioambiental para as obras de infra-estrutura necessárias para o desenvolvimento da Amazônia e do Brasil.
3. O repúdio à atitude irresponsável do atual governo dos Estados Unidos, maior emissor de GEE do mundo, ao se retirar das negociações internacionais e ao se recusar a tomar medidas concretas para reduzir as suas emissões.
INFORMAR: Que diante desta grande ameaça, a Aliança dos Povos da Floresta decidiu:
1. Organizar o II ENCONTRO NACIONAL DOS POVOS DAS FLORESTAS, a ser realizado em Brasília, de 18 a 21 de setembro de 2007, para o que conclama a toda a população brasileira, aos Povos do Cerrado, do Semi-Árido, da Mata Atlântica, do Pantanal, das Cidades e do Campo, aos movimentos e organizações da sociedade civil organizada a se juntarem nesta grande mobilização popular.
2. Criar o seu próprio MECANISMO CARBONEUTRALIZADOR DOS POVOS DA FLORESTA – MCPF, a ser outorgado pelos povos da floresta, para ajudar na redução do desmatamento na Amazônia e por conseqüência na redução das emissões de gazes de efeito estufa no Brasil e no mundo. Além de dar resposta imediata às necessidades dos povos da floresta de lutar em defesa da floresta que lhes abrigo e sustento, o MCPF atuará como mecanismo independente e complementar aos demais mecanismos que vem sendo negociados a nível nacional e internacional.
3. Colocar-se à disposição dos meios de comunicação e da sociedade brasileira para as informações adicionais que se fizerem necessárias.
Rio Negro, Amazonas, Amazônia, Brasil, 27 de abril de 2007.
José Adilson Vieira de Jesus:
adisonv@vivax.com.br. Telefone: (92) 96231415
Grupo de Trabalho Amazônico – GTA
Júlio Barbosa de Aquino:
jb.aquino@bol.com.br: (68) 9975 5106
Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS
Jecinaldo Barbosa Cabral:
jecinaldosatere@yahoo.com.br: (92) 9115 4493
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB
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